O Brasil, esse vasto laboratório da democracia, encerra 2025 descobrindo uma nova vocação: a de quinto maior santuário global das apostas. Quase inacreditáveis quatro bilhões de dólares, convertidos em cifras nacionais que fariam corar qualquer orçamento municipal, passaram pelas mãos de jogadores e operadores, segundo observadores estrangeiros acostumados a medir vícios e virtudes das nações com régua estatística. Curioso notar que, somente agora, o país surge no mapa moral-econômico dessa indústria. Nas palavras da diretora de operações da Betsul, Andréia Oliveira (foto/reprodução internet), a nova moldura legal trouxe “segurança”, “transparência”, “credibilidade”. Diante dessas virtudes republicanas aplicadas ao jogo, esse velho companheiro das inclinações humanas, só nos resta contemplar o traço das democracias que transformam impulsos privados em empreendimentos públicos, revestindo o risco de legitimidade, e o azar, de promessa de futuro.











