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Câncer de intestino tem maior incidência em Minas Gerais

Paulo César de Oliveira
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Uma doença silenciosa nas fases iniciais é motivo de preocupação para autoridades especialistas em saúde de todo o mundo, pois já é o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens e o segundo entre as mulheres. Estamos falando do câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal. No Brasil, os dados da doença são alarmantes. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 32.600 novos casos foram detectados em 2014, sendo 15.070 no público masculino e 17.530 no feminino. Mais da metade foram provenientes das regiões mais desenvolvidas do país. Segundo a oncologista Helena Cuba, do Oncocentro Minas Gerais, a falta de sintomas nas fases iniciais do câncer de intestino dificulta o diagnóstico precoce da doença. “Se a pessoa não tem o hábito de fazer exames de rotina, ela só se dará conta de que tem algum problema quando perceber sangramento nas fezes, alteração recente do ritmo intestinal, dor abdominal e emagrecimento súbito, que são alguns dos sinais e sintomas que obrigam o paciente a procurar um especialista”, explica a médica. A oncologista destaca ainda que a doença tem cura na maioria dos casos se for detectada de forma precoce, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Segundo Helena Cuba, a pesquisa de sangue oculto nas fezes, a retossigmoidoscopia (exame endoscópico que permite a visualização do interior da parte final do intestino) e a colonoscopia (exame que permite a visualização direta do interior do reto, cólon e parte do íleo terminal) são considerados meios eficazes de detecção precoce, sendo capazes também de remover pólipos adenomatosos colorretais (lesões ainda benignas, mas que podem se tornar câncer), bem como tumores em estágios bem iniciais. “Se o pólipo é identificado e retirado antes de se tornar maligno, o tratamento é minimizado, com completa chance de cura. Diante disto, a prevenção tornou-se fundamental para o controle da doença e deverá ser iniciada aos 50 anos, ou antes, caso haja história familiar ou presença de pólipos em parentes de primeiro grau”, esclarece. Segundo Helena Cuba (foto), a escolha do método de prevenção dependerá de vários fatores, como preferência do médico e da pessoa, disponibilidade e qualidade da tecnologia local. “O mais importante é a adesão do paciente”, completa a oncologista.

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