Os últimos acontecimentos no país indicam, segundo a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia (foto), que a democracia está cada vez mais forte. Falando para alunos da Faculdade de Direito da UFMG, ontem, a ministra disse que vivemos atualmente em estado de guerra, “não uma guerra contra o Estado, não é raiva do servidor ou do presidente, mas a raiva é do vizinho porque ele não pensa igual. A intolerância é de uma geração que não quer nada diferente. E não se resolve a vida com raiva, nós do Direito temos o dever de trabalhar pela pacificação - não no sentido abstrato, mas no sentido de viver em paz com o outro porque só assim o outro se sente no estado de Justiça". A ministra, que assume a presidência do STF em setembro, evitou comentários sobre as manifestações e a possibilidade de abertura do processo de impeachment.