Depois de mais de um ano de produção limitada por falta de peças, alguns modelos de automóveis viraram raridade no mercado. Por isso, quem comprou um carro zero quilômetro em meados de 2021 está pedindo até 28% a mais na revenda do que o valor pago na aquisição. É o caso de uma das versões do Mobi, da Fiat, cujo preço saltou de R$ 41 mil para R$ 52,5 mil, mesmo com um ano de uso. Além da oferta restrita de modelos, os preços dos carros novos não pararam de subir, o que fez com que a atenção aos usados fosse ainda maior.
Crise profunda
A indústria automotiva no Brasil já enfrentou diversas crises no passado, incluindo muitos episódios de volatilidade cambial, problemas econômicos, excesso de capacidade, entre outros. Contudo, a crise trazida pela pandemia da Covid teve um impacto mais profundo que as outras. Não só pelo fato de ter sido uma crise global (e não nacional, como muitas outras), mas também por ter desestruturado profundamente as cadeias de fornecimento do setor, criando um enorme desbalanço de oferta. (Foto reprodução internet)
