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Como perder o protagonismo 

Paulo César de Oliveira
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Nicolas Maduro

As falhas do governo Lula em relação à crise democrática na Venezuela evidenciam sua fragilidade como líder na América do Sul. A política externa do Brasil, pautada por uma bússola ideológica, parece favorecer uma ditadura alinhada ao Sul Global em detrimento de uma democracia que respalde Washington. A crise na Venezuela é um teste crucial para a capacidade do governo Lula em formular estratégias e tomar decisões informadas, revelando a debilidade do processo decisório nas relações regionais.

Nicolás Maduro (foto/reprodução internet), ciente de que não deixaria o poder facilmente, adotou uma estratégia de repressão política e fraude eleitoral muito antes do pleito. A dependência da Venezuela em relação a potências como China, Rússia e Cuba, em vez do Brasil, fragiliza ainda mais a posição brasileira. Ademais, a instabilidade nas democracias vizinhas, como Peru, Equador e Bolívia, reflete os desafios que o Brasil enfrenta na consolidação de sua liderança regional. O antigo postulado de que o Brasil é “líder natural” da América do Sul já não se sustenta e se tornou uma expressão ultrapassada nos círculos diplomáticos.

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