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Contra o preconceito, em defesa das minorias sexuais

Paulo César de Oliveira
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O combate ao preconceito e a defesa e respeito aos direitos das minorias sexuais, serviu de inspiração para a agência 2004 Comunicação na criação de um vídeo para a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (SEDPAC), do Governo de Minas Gerais. De acordo com Priscila Tolentino, responsável pelo atendimento da conta, o enredo do curta visa apoiar e garantir os direitos da população LGBT. “Nosso intuito é sensibilizar e conscientizar a todos sobre a importância de respeitar os direitos das pessoas, independente de qualquer condição. Apoiamos a liberdade e a igualdade, e esperamos que a mensagem toque o coração e a mente das pessoas”, revela. “O amor transforma preconceitos”, o vídeo narra a vida de Jussara, que nasceu com um corpo masculino, e que foge de casa ainda criança, após ser repreendida pela mãe. Após longos anos, Jussara reencontra a sua família, já possuindo uma identidade de gênero feminina. “O enredo aborda os valores, a cultura e as tradições mineiras para mostrar que o respeito deve começar em casa. Geralmente, a primeira violência que as pessoas LGBT sofrem é na família, deixando as portas abertas para outros tipos de preconceitos que vêm depois se somar à intolerância doméstica, ao longo da vida. Infelizmente o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, e este tipo de crime ainda é subnotificado. Temos muito a evoluir”, reflete Carla Carvalho, redatora do curta. A protagonista da história é vivida por Laura Zanotti (foto), mulher transexual e ativista da causa LGBT. O curta ainda tem como música tema a canção “Quem sabe isso quer dizer amor”, interpretada pelo cantor Lô Borges. A iniciativa faz parte da “Livres & Iguais”, campanha da Organização das Nações Unidas pela igualdade LGBTI e conta com a parceria da embaixada do Reino dos Países Baixos, no Brasil. Para a realização do material, a diretora de criação da 2004, Araceli Mesquita, conta que foi realizada uma pesquisa de base com integrantes dos movimentos LGBT mineiros, para entender a realidade da classe. “Os representantes auxiliaram no processo de criação, contribuindo com sugestões, ideias e experiências vivenciadas, tudo para que a peça fosse a mais autêntica possível e refletisse as verdadeiras dificuldades enfrentadas pela comunidade”, ressalta.

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