Paixões populares magnetizam a população em geral. Se compararmos, a China respira tênis de mesa e o Brasil, futebol. Quando ocorrem os campeonatos mundiais, os países param para ver o espetáculo.
Os chineses têm como grande craque Hugo Calderano (foto/reprodução internet) e não o Rei Pelé.
Trata-se de um carioca sereno, que fala mandarim fluentemente e que acaba de impor uma duríssima derrota, de uma só vez, aos três azes do tênis de mesa, à começar por Lin Shindong, que perdeu a majestade para o brasileiro.
É atualmente o nº 1 do mundo e arrasta centenas de milhões de chineses para a telinha. O Brasil está em alta naquele país e não é por causa de novos contratos de soja, etanol e de miúdos de frango mas sim, pela técnica e magia que Calderano desenvolveu ao longo de anos.
Apropriou-se do jogo deles e o elevou ao estágio próximo da perfeição.
Todo chinês sabe quem é esse brasileiro, o respeita muito e, seguem cada vez mais intrigados como ele conseguiu esse feito espetacular. Quando o China Daily o entrevistou, lhe perguntaram a razão do sucesso para derrubar a ‘muralha’ de seus jogadores e ele, serenamente, respondeu: aprendi observando, com paciência, o jogo dos meus adversários e treinei para suplantá-los com uma outra técnica.
E é exatamente isso o que os chineses fazem, do comércio à mesa do tênis com o mundo todo. Estratégia de longo prazo e resiliência no cotidiano para serem ganhadores.
Bem que o Brasil poderia ter mais Calderanos em outras áreas…