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De Paris por Igor Tameirao – mineiro que mora em Paris há 10 anos

Paulo César de Oliveira
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“A temperatura estava agradável para a época do ano, fazia 13 graus e não se previa chuva. As ruas estavam lotadas, bares e restaurantes cheios. O clima era de descontração. Por volta das 22h, começaram a chegar informações, no entanto meio truncadas. Eu recebi a mensagem de um amigo dizendo o seguinte: “mataram duas pessoas na Rue Charanton, parece que tem um carro atirando em bares” e “logo se ouviu explosões no estádio de França”. Tudo ainda muito lacônico e sem precisão. Por volta das 22h30, quando já se tinha notícias mais sólidas, o pânico se instaurou em toda Paris. A impressão é que havia vários carros atirando em bares e restaurantes. No Bataclan se sabia que havia reféns. Muitos restaurantes fecharam as portas e as pessoas ficaram aguardando dentro. Neste momento especulações de toda sorte brotaram como fungo e o medo tomou conta do coletivo. Os transportes foram fechados e as ruas se tornaram vazias. As informações começaram a chegar e a impressionar: 100 mortos e inúmeros feridos. Mas quem? Como? Por volta de 02h00 da manhã, veio uma sensação de controle. O presidente e a prefeita de Paris deram entrevista em frente o Bataclan. A tragédia estava consumada e os terrorista já haviam estourado, deixando para traz centenas de vítimas e uma cidade, ou melhor, a cidade, com uma marca que ficará na história. A prefeita solicitou aos táxis que voltassem a circular, milhares de pessoas em choque precisavam voltar para casa. Precisavam se recolher. Paris já passou por muitas coisas e ainda há muito a passar, superará e seguirá lutando por princípios que nos são caros. Je suis Liberté, égalité et fraternité !”

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