Segundo o professor Antonio Lúcio Teixeira (foto), da Escola de Medicina da UFMG, já existem evidências de que indivíduos com transtorno bipolar grave envelhecem mais cedo do ponto de vista biológico e têm uma mortalidade precoce em relação aos indivíduos não doentes. Assim, o envelhecimento precoce estaria relacionado à persistente hiperatividade imune a que esses indivíduos estariam sujeitos. “O processo inflamatório relacionado ao transtorno bipolar colabora para o desenvolvimento de doenças com componente inflamatório, como diabetes, síndrome metabólica e obesidade. Isso ajuda a explicar o índice elevado de mortalidade desse grupo, significativo mesmo quando desconsideramos da amostra os casos de suicídio, que acontecem com mais frequência”, analisa.