Blog do PCO

Diferença salarial entre homem e mulher ainda é alta

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE

O Brasil tem uma das maiores diferenças entre salários de homens e mulheres com o mesmo nível de formação analisadas no relatório Education at a Glance 2015: Panorama da Educação, lançado mundialmente ontem. A renda média de uma mulher com educação superior no país representa cerca de 62% da renda média de um homem com o mesmo nível de escolaridade. Com o resultado, o Brasil aparece em sexto lugar na avaliação dessa disparidade, dentre os países que disponibilizaram dados. O Education at a Glance 2015: Panorama da Educação é a principal fonte de informações comparáveis sobre a educação ao redor do mundo. A publicação oferece dados sobre a estrutura, o financiamento e o desempenho de sistemas educacionais de 46 países: 34 deles são membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), alguns países parceiros, além dos membros do Grupo dos 20 (G20).

 

Diferença em qualquer nível de escolaridade

A publicação mostra que, no Brasil, 72% de homens com ensino superior ganham mais que duas vezes a média da renda nacional. Entre as mulheres isso ocorre com 51% das que têm ensino superior. “A desigualdade de renda entre gêneros é igualmente grande entre homens e mulheres cujo nível mais alto de escolaridade é o ensino médio regular ou a educação profissional”, acrescenta o texto. Uma tabela referente a pessoas com idades entre 35 e 44 anos com educação terciária, que inclui tanto formação acadêmica quanto educação técnica de nível médio, mostra o Brasil com a sexta maior diferença nas remunerações. O salário das mulheres representa cerca de 65% do dos homens com a mesma formação e faixa etária. No Brasil, as mulheres também são maioria entre os que não estudam nem trabalham, grupo conhecido como nem-nem. Em 2014, 27,9% das mulheres de 15 a 29 anos estavam nessa situação, enquanto 12,7% dos homens estavam no grupo. As médias da OCDE são respectivamente 17,9% e 13,2%. O país com a menor diferença salarial entre os gêneros é a Bélgica, onde os salários das mulheres representam cerca de 87% do dos homens com a mesma formação.

 

Jovens no Brasil trabalham mais e estudam menos

O Brasil tem o maior índice de jovens que não estão estudando, em comparação com os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e parceiros. É o que aponta o relatório Education at a Glance 2015: Panorama da Educação. Os dados mostram que no Brasil 76% dos jovens entre 20 e 24 anos estão longe dos estudos, enquanto a média dos demais países é 54%.Os dados revelam ainda que a maior parte desses jovens está trabalhando: 52%. O índice de emprego entre as pessoas da faixa etária é também o mais alto entre os países. O Education at a Glance 2015: Panorama da Educação é a principal fonte de informações comparáveis sobre a educação no mundo. Em todos os níveis educacionais, o Brasil apresentou taxas de desemprego inferiores à média dos demais países. Mesmo com as altas taxas de emprego, grande parte da juventude brasileira permanece entre os que nem estudam nem trabalham, grupo conhecido como “nem-nem”. Mais de 20% dos indivíduos de 15 a 29 anos estavam nesse grupo em 2013. A média da OCDE era 16%. O valor, no entanto, é semelhante ao de outros países latino-americanos como o Chile (19%), a Colômbia (21%) e a Costa Rica (19%). O relatório mostra ainda que as novas gerações têm avançado mais nos estudos em comparação com os mais velhos.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.