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Doença atinge muitas mulheres, mas poucas conseguem diagnosticar logo

Paulo César de Oliveira
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Uma campanha de conscientização sobre os riscos da endometriose foi lançada ontem (30), no Rio de Janeiro. A doença é uma inflamação que ocorre no sistema reprodutor feminino e atinge entre 15% e 20% das mulheres em todo o mundo, segundo a organização não governamental Instituto Crispi de Cirurgias Minimamente Invasivas, que coordena a campanha nacional. Segundo o presidente do Instituto, Cláudio Crispi (foto), ginecologista especialista em endometriose, é importante diagnosticar a doença logo no início. “Nós temos uma defasagem entre o início dos sintomas dessa doença e o diagnóstico, no nosso país, de dez anos. E a endometriose é uma doença progressiva, que piora todo mês em que a mulher menstrua. ”De acordo com o médico, há um desconhecimento grande da doença, por parte tanto dos leigos quanto dos profissionais de saúde. Por isso, a ideia da campanha. “Hoje só 15% das pessoas com endometriose sabem que têm a doença”.

 

Doença pode ter consequências graves

A endometriose ocorre quando, após a menstrução, o endométrio -, tecido que reveste o útero -, se desloca para outros órgãos, como os ovários, as trompas, a bexiga e o reto. A doença causa cólicas mais fortes, dor profunda na relação sexual e dor para evacuar ou urinar. Dependendo da evolução da doença, pode até provocar infertilidade. A campanha tem como madrinha a atriz Camila Pitanga e consiste na divulgação de um vídeo pela internet, na distribuição de panfletos e na execução de palestras em escolas e unidades de saúde.

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