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Energias Renováveis em debate

Paulo César de Oliveira
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Empresários, autoridades, políticos e especialistas debateram ontem a geração de energia alternativa, que está na pauta do dia do setor produtivo e da população brasileira. A preocupação é que a tecnologia avança a passos largos no mundo e é fundamental que o Brasil se prepare para não ficar atrás nesse processo. O assunto dominou os debates no Conexão Energia Renováveis, evento promovido pela VB Comunicação, no Espaço Conexão, em Nova Lima. Entre os pontos abordados a necessidade de mudanças na legislação para se adequar as demandas do país a essa nova geração de energia, pensando também na sustentabilidade, na redução do efeito estufa e, principalmente, para tornar o setor mais eficiente e com a redução do desperdício de energia, um problema sério hoje no país. O Conexão Energias Renováveis teve o patrocínio da Cemig SIM.

 

Eficiência

O Conexão Energias Renováveis foi aberto pelo presidente da Cemig, Cledovirno Belini (foto), que ressaltou a mudança no modelo de consumo e no papel cada vez mais presente da tecnologia e inteligência artificial. Para ele, neste cenário, é fundamental que o setor energético se prepare, aumentando eficiência e reduzindo desperdício. A Cemig caminha nesse sentido, mas precisa de investimentos para se modernizar e para ter condições de manter, através da renovação da autoriga, as três grandes usinas hidrelétricas da empresa: a de Miranda, a usina de Embarcação e a Usina de Nova Ponte, que são responsáveis por 60% da geração de energia da Cemig.

 

Cemig e empresas ligadas a ela podem se tornar “invendíveis”

O presidente da Cemig, Cledorvino Belini, disse ontem que a Cemig iniciou pela Light o seu processo de desinvestimento. Foram vendidos parte dos ativos da empresa, que opera no Rio de Janeiro,e a ideia é a de vender tudo. Para ele, “não tem cabimento investir lá, se precisamos de dinheiro aqui”. Defensor da privatização da Cemig, Belini, teme que caso o processo de privatização da empresa demore muito, a Cemig e as empresas ligadas a ela, podem se tornar “invendíveis” para o mercado privado.

 

Desinvestimento

Esse processo de desinvestimento está em andamento em todas as empresas. O cenário político do país não tem sido um entrave, mas os vizinhos atrapalham, ao se referir nos problemas políticos na América Latina. Cledorvino Belini disse que tem viajado muito e os investidores têm mostrado confiança no Brasil, que é visto como um país com grandes oportunidades. O grande problema, segundo ele, está no “ordenamento das leis contra corrupção”, um assunto que preocupa.

 

Assunto para o Ministério Público

A falta de investimentos na Cemig nos últimos 10 anos está pesando na empresa. Além disso, alguns recursos não foram usados da forma devida, segundo Cledorvino Belini, que acionou o Ministério Público devido ao que considera como ilicitudes envolvendo a Renova, empresa que também está sendo investigada pela Lava Jato. Ele disse que eles estão colocando problemas que nunca foram postos em cima da mesa, como a da drenagem de recursos da Cemig para uma empresa (Renova), que não atendeu às expectativas. As investigações estão sob segredo de Justiça.

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