Ninguém duvida que o Carnaval em Belo Horizonte é um dos mais procurados e melhores do país. Nesta primeira festa após a pandemia da Covid, a cidade voltou a receber turistas e foliões, atraindo, principalmente, o público mais jovem. A empresária do setor hoteleiro, Érica Drumond (foto), no entanto está otimista para que no ano que vem os empresários, o estado e o município trabalhem para construir uma agenda mais cultural e de família para atrair um público mais qualificado das classes A e B.
O Carnaval deste ano ajudou o setor hoteleiro a retomar o fôlego?
Sim, depois de tudo que passamos, o turismo de negócios veio muito forte, o de lazer também. O Carnaval para Belo Horizonte é um público diferente, é um público mais jovem. Em relação ao Carnaval de 2020, ainda estamos mais ou menos uns 30% a menos que 2019, mas eu acho que é natural de um destino que ficou esse tempo todo parado e espero que o ano que vem a gente possa buscar o público com mais qualificação, que fique mais tempo na cidade, porque a permanência foi de 2 diárias e por isso precisamos buscar esse turista mais longe para ele ficar 5 ou 6 diárias e aí sim trazer uma receita boa para a cidade. Mas o resultado é positivo e nós, como hoteleiros, donos de bares e restaurantes, estamos muito felizes, principalmente com Belo Horizonte, porque não sai mais todo mundo da cidade.
Público jovem quer dizer um público que gasta menos, consome menos?
Já é reconhecido que o público do Carnaval em Belo Horizonte é mais jovem, é um Carnaval muito popular é de rua mesmo, totalmente gratuito. Nós até ouvimos falar que eles estavam levando as suas próprias bebidas, o que é prejudicial para o vendedor ambulante, que ganhava bastante dinheiro nesse período, mas cabe a nós da iniciativa privada fazer uma agenda maior mais é pujante na área de cultura. Uma agenda paralela aos blocos de rua para a família. Para que eles possam chegar antes na cidade para um pré Carnaval cultural, com os bailes também que movimenta uma classe A e B aí fazermos um Carnaval para permanecer por muitas décadas.
Há uma conversa com a prefeitura nesse sentido?
O trade está muito unido, a Belotur é muito acessível. A Secretaria de Cultura do Estado também fez um trabalho maravilhoso para as outras cidades, não só para Belo Horizonte. É uma imagem de Minas Gerais que está sendo trabalhada, de Belo Horizonte como o portão de entrada do estado e para as cidades turísticas. Turismo de negócios nós já somos, a cidade cultural, o estado com muita cultura, com muita riqueza já somos bem reconhecidos. Agora esse momento de virar um destino de lazer para a família é ainda um assunto a ser amadurecido e investido como uma promoção como um todo e na criação de produtos. Mas estamos bem unidos, o setor, os empresários, o estado, o município. Agora é um momento de caminhar mesmo e de amadurecer para replicar para outras datas inclusive. (Foto/reprodução internet)
