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Escolaridade dos pais afeta desempenho dos filhos no Enem

Paulo César de Oliveira
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Um cruzamento de dados inédito feito a partir de informações do Exame Nacional do Ensino Médio 2014 (o último divulgado) mostra que a escolaridade dos pais exerce grande influência sobre a nota final dos filhos. A análise foi feita pelo Enem Virtual (www.enemvirtual.com.br) – portal especializado em conteúdos para quem vai prestar a prova – em parceria com a Educa Insights. A pesquisa revela que quanto mais tempo os progenitores estudam, maiores as chances de os descendentes superarem a marca de 600 pontos no Enem. Segundo o levantamento, filhos de pais e mães que chegaram, no máximo, até o ensino fundamental, não atingiram nem 450 pontos em 52% dos casos – apenas 19% deles passaram dos 600 pontos. Por outro lado, nos lares onde os pais alcançaram o ensino superior, 48% dos estudantes tiraram mais de 600 pontos. Nesse caso, o número de jovens que ficou abaixo dos 450 pontos é muito baixo, 6%. “O resultado mostra que existe uma ‘herança’ no que se refere à formação educacional dos pais. É claro que há casos de jovens com pais menos escolarizados que superam essa barreira e se saem bem no Enem, mas infelizmente isso é a exceção, e não a regra”, diz Fernanda Lapidus Hecht, gestora do Enem Virtual. ”Da mesma forma, quem vem de família mais estudada já nasce com meio caminho andado”, afirma. Outro dado da análise também coloca a questão da inclusão social em cheque. Entre os alunos com desempenho abaixo de 450 pontos, 19% declararam que seus pais sequer estudaram ou não souberam responder à pergunta. Enquanto isso, entre os que tiraram mais de 600 pontos, somente 3% se encaixam nessa definição.

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