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Estamos em 2021. Agora depende de nós

Paulo César de Oliveira
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Com o barco fazendo água por todos os lados, saltamos do 2020 para cair no mar revolto do 2021. Sobrevivemos, com mais ou menos dignidade, a um ano difícil que, por incompetência, esperteza ou boçalidade, conseguimos complicar ainda mais. Mas apesar de tudo estamos com o pé no 2021 que se apresenta difícil, mesmo com o estranho otimismo de alguns que insistem em acreditar que tudo será diferente e que o Brasil agora vai. Que vai, vai, resta saber para aonde. Não quero ser pessimista, negativo, estou sendo apenas realista. Se estávamos ruins em 2018, tanto que o país foi às urnas acreditando em mudanças profundas, em promessas de novas práticas políticas, em mudanças de nomes e de hábitos, pior entramos num 2021.Sem rumos, sem qualquer razão para acreditar nos que prometeram tanto e que, bem ao contrário do anunciado, nada fizeram. Às vezes me pego pensando, buscando uma razão que seja para continuar, como fazem alguns inocentes úteis e espertos profissionais, acreditando que, com este comando- aí coloco presidente, governadores, deputados, senadores, magistrados- seremos capazes de, num salto, ultrapassar o Rubicão, que significaria fazer logo, o quanto mais rápido formos capazes, tudo aquilo que vimos anunciando desde sempre. Não, não basta culpar os outros, mesmo um vírus, por aquilo que não tivemos coragem e competência para realizar. Digo nós porque, nós povo, somos historicamente omissos. Ficamos pelos cantos reclamando, xingando, mas não agimos, não cobramos, não fiscalizamos e depois nos apresentamos como traídos, enganados. Se continuarmos assim, o 2021, para todos nós, será ainda pior do que se pode prever. E as previsões racionais, desapaixonadas, sem histerismos fundamentalistas, não são boas. Para o mundo inteiro. Não seria, nem será diferente para nós. Mas podemos sim fazer um ano melhor, desde que nos esforcemos para isto. A começar pela seriedade no trato de nossos problemas. Sem piadinhas de péssimo gosto. Sem radicalismos covardes dos que se escondem nas redes sociais para ameaçar e denegrir a imagem dos que ousam pensar diferente daqueles que, ocasionalmente, estão no Poder que, por sinal, nem conseguem expressar o que pensam. Se é que pensam. Se juntos, através do consenso e não da submissão covarde, já será difícil enfrentar o 2021 e reerguer o país que, acreditem, está na sarjeta, pária do mundo, na economia nas questões ambientais, impossível ficará se continuarmos espalhando a discórdia, criando falsos inimigos apenas para proteger grupos e pessoas sabidamente envolvidos com falcatruas e ações sórdidas contra a democracia. “Alea jacta est”, ou a sorte está lançada!  Um 2021, que começa hoje, menos difícil, menos traumático, depende de cada um de nós. E de mais ninguém. Então façamos um grande e feliz Ano Novo.

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