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Eventos e entretenimento em tempos de pandemia

Paulo César de Oliveira
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O Comida di Buteco, evento dos mais comemorados em Belo Horizonte e em várias outras cidades, foi duramente atingido pela a pandemia da Covid-19, segundo Eulália Araujo (foto), diretora do Comida di Buteco. Os bares e restaurantes envolvidos estão tendo que se reinventar para conseguir explorar a entrega via aplicativo, ou entrega própria. Esse processo está sendo muito sofrido pelo setor. Segundo ela, a marca está há dois anos fora do circuito. A comida de raiz é uma das bandeiras defendidas por esse modelo de investimento, que a partir de agora, vai começar a trabalhar com reservas para se adequar às normas sanitárias. (Foto reprodução internet)

Casa Cor investe nas entregas digitais

A Casa Cor Minas teve uma série de problemas. Houve uma tentativa de se realizar o evento no ano passado e ele acabou sendo transferido para o espaço virtual, com vários ambientes espalhados pela cidade. Foi um processo sofrido, segundo Juliana Grilo, comentou no Conexão 20/21. Houve uma corrida para o formato digital, inserindo janelas com vídeos, apresentação dos produtos. Nesse ano o evento será híbrido. O evento neste ano irá durar um mês e meio, com limitação de pessoas e entregas digitais. Foi difícil passar por 2020, mas não passaram em branco. Juliana disse que teve a felicidade de ter conseguido deixar todos os empresários trabalhando e de todas as franquias nacionais a Casa Cor Minas conseguiu o melhor resultado com as entregas digitais.

Mineirão reaberto

Como diretor do Parque Ibirapuera e do Mineirão, foi viver duas situações muito diferentes, porque Belo Horizonte ficou muito fechada, segundo Samuel Lloyd, diretor do Estádio Mineirão e da Urbia Pq Ibirapuera SP). Após uma negociação com a prefeitura, o estádio está sendo reaberto para um evento do Jurassic Safari. O Mineirão nesse ano terá o maior número de jogos, 69 partidas, mas o público é que faz com que as contas sejam pagas. Foram feitos alguns projetos especiais que também vão reabrir os portões do estádio. São pelo menos 70 eventos previstos. Se tudo der certo, em 2023 o Mineirão voltará a ter os 253 eventos de antes da pandemia.

Festival digital

Assim como outros setores, Rodrigo Ferraz, da Albanos e Projeto Fartura, disse que também sofreu com os impactos da pandemia da Covid-19 e com as restrições impostas em Belo Horizonte para conter o avanço da pandemia. Mas, mesmo com as dificuldades, o Albanos conseguiu manter seus funcionários e fazer o primeiro festival digital do Projeto Fartura. Houve uma flexibilização entre o evento em Tiradentes e o evento nacional, possibilitando a realização das entregas. Isso foi muito bom, segundo Rodrigo, porque esses eventos o ajudaram a mergulhar nesse mundo digital. “Foi um aprendizado e, o principal, a audiência surpreendeu, permitindo que a marca ficasse mais forte”. Para 2021, Rodrigo Ferraz colocou toda programação para o segundo semestre, com o evento de Tiradentes acontecendo no final de agosto e o nacional em outubro. Na parte da cervejaria, ele disse que a Albanos está muito mais atuante, indo para padarias, mercearias, supermercados e está crescendo mês a mês, com previsão de aumento da fábrica em agosto. O restaurante já estava diminuindo a frequência e houve um ajuste, com um grande aprendizado. “A sociedade como um todo está tendo ciência como a gastronomia é importante, não só como lazer, como ferramenta de desenvolvimento social. O Fartura consegue mudar a vida das pessoas, principalmente dos pequenos produtores”.

Industria da Cultura levada a sério

“Sabemos que o mar não está para peixe. Pensar que setor de cultura vai acumular perdas de R$ 5 bilhões, isso significa que esse setor precisa ser levado mais em consideração pelas pessoas”. Essa preocupação do músico e empreendedor Marcio Buzelin, foi colocada no Conexão 20/21, evento realizado pela VB Comunicação. Essa queda que representa 80 vezes o fechamento da Ford, foi quase o número de baixas que a pandemia gerou. São quase 500 mil desempregados no mercado do entretenimento e é preciso encontrar alternativas viáveis. Minas Gerais é extremamente rico em termos de entretenimento. Ele disse que o Jota Quest estava com oito shows marcados na Europa e o grupo se viu “em um mato sem cachorro”, porque os ingressos já estavam vendidos. Não adianta ser só artista, é preciso ser criativo para vender cultura.

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