Fiscalização do Ministério do Trabalho resultou na autuação de três fazendas em Minas, Bahia e São Paulo, por uso de mão de obra escrava. Em uma delas, os fiscais descobriram que membros de uma seita religiosa, conhecida como Comunidade Evangélica Jesus, aliciavam os trabalhadores, que doavam seus bens para associações controladas pela organização. Depois, as pessoas eram levadas para zonas rurais e urbanas para trabalhar em lavouras e outros serviços. A operação, batizada de ” Canaã – A Colheita Final”, encontrou nessas fazendas 565 trabalhadores em condições análogas às de escravo, 438 sem registro em carteira e ainda 32 menores em atividade proibida. Foram cumpridos, nessa operação, 22 mandados de prisão preventiva, 17 interdições de estabelecimentos comerciais e 42 mandados de busca e apreensão. Segundo a fiscalização do Ministério do Trabalho, 13 dirigentes da seita foram presos preventivamente e o resto está foragido.