O noticiário da mídia tradicional nos impressiona com o seu cenário de funeral. Quem o assiste fica apavorado e atordoado. Eu creio que o foco esteja errado, pois um número maior de pessoas – muito maior – contrai a covid-19 e se recupera. É nesse ponto que peca essa cobertura maluca, enquanto nas redes sociais fazem troça com a pandemia. Quem prefere essa mídia alternativa já percebeu que o foco não pode ser a morte, e sim a vida. E, em tempos de Semana Santa, os internautas não se esqueceram de que o Senhor da vida, vive e reina, soberanamente, sobre todas as coisas do universo em desencanto. Felizmente já aparecem sobreviventes sendo entrevistados. E os seus relatos ao se deparar com o medo da morte nos faz perceber uma visão clara da vida, na qual reina a solidariedade e a dependência de Deus. O jurista Ives Gandra, do alto de seus 85 anos de idade, chegou a afirmar: “Os médicos foram muito bons, mas acredito mais no médico lá de cima”. Ives Gandra (foto) ao ser direcionado para uma UTI e ser entubado, não teve mais em quem confiar, senão no médico dos médicos. Os meios de comunicação deveriam respeitar essa situação de absoluta fragilidade, na qual encontramos o tempo de reconciliação com Deus. Essa coisa mata, mas tem cura. Devemos alertar que é tempo de ter medo, mas não é tempo de se apavorar.