Um levantamento realizado pela Quaest para a Transparência Internacional - Brasil com executivos de grandes empresas mostra apoio majoritário a medidas de combate à corrupção em geral, e à Operação Lava Jato em particular. A pesquisa foi feita com altos representantes de cem das maiores companhias brasileiras, entre 12 e 28 de julho. Para 83% dos questionados, as operações anticorrupção dos últimos anos reduziram a sensação de impunidade, enquanto para 17% não houve impacto. O prestígio da Lava Jato, coordenada por Deltan Dallagnol (foto/reprodução internet) se mantém em alta, mesmo após os sucessivos reveses enfrentados nos últimos anos. Entre os entrevistados, 64% avaliam a operação como positiva para o país, 25% como regular e 11% como negativa.
Movimento nocivo
Os executivos também avaliam que afrouxar a Lei das Estatais é nocivo. Para 71%, é alto o risco de a mudança afetar o compliance das empresas públicas, enquanto 25% veem risco médio e 4%, risco baixo. Os entrevistados consideram ainda que a adesão do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) ajudará a elevar os padrões de compliance do mercado. A adesão do Brasil à entidade, espécie de clube dos países ricos, era uma prioridade do governo Jair Bolsonaro (PL), mas foi deixada de lado pelo presidente Lula.