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Inhotim, uma vacina para a alma

Paulo César de Oliveira
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A pandemia da Covid-19 trouxe muitas limitações para o Instituto Inhotim, um dos mais comemorados museus a céu aberto do mundo. O seu diretor-presidente, Antônio Grassi (foto), define o Inhotim como uma vacina para a alma. Aberto ao público em 2006, o Instituto Inhotim completa agora 15 anos, com o feito de colocar o museu de Minas no cenário nacional. Segundo Grassi “a relação do Instituto se dá com o mundo inteiro e o Inhotim é o mais jovem dos museus, tendo alcançado uma divulgação em várias partes do planeta nesse curto espaço de tempo”. Ele foi pensado pelo empresário Bernardo Paz em 1980 e foi um longo caminho até a sua abertura. Ele contabiliza mais de 3,5 milhão de visitantes apesar do seu acesso, não ser tão fácil como o do Museu do Louvre, por exemplo, que tem estação de metrô dentro dele. Grassi diz que Inhotim é um projeto muito ousado e, apesar de ser reconhecido, é difícil defini-lo como o maior museu aberto do mundo, como também era pouco chamá-lo de Jardim Botânico. Inhotin é um estado de espírito, segundo Antônio Grassi. O Inhotim foi reaberto e está cumprindo os protocolos sanitários rigorosos, recebendo 500 pessoas por dia, para trabalhar com segurança. Grassi lembra que o Instituto vem sofrendo com vários episódios recentes como a febre amarela, em 2019, que surgiu com a tragédia do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, afetando mais de 70% dos funcionários, que são oriundos da cidade. Agora, a pandemia da Covid-19. Para essa retomada pós pandemia da Covid, a programação está sendo ampliada e estão sendo firmadas parcerias via turismo e atividades artísticas para ampliar os eventos que irão acontecer a partir da ampliação da vacinação. Para Antônio Grossi, Inhotim se apresenta quase como uma vacina para a alma, na imaginação, para recuperar como ser humano. É uma opção para as pessoas saírem da pandemia de uma forma saudável. A programação dos 15 anos, começou de forma virtual, com apresentação de vários artísticos, inclusive a orquestra de jovens de Brumadinho, e a entrada para conhecer melhor a instituição, que não é só arte contemporânea, como de diálogo. Com o retorno da visita presencial virão algumas surpresas e novas exposições.

Turismo em Tiradentes

A histórica Tiradentes foi duramente afetada durante a pandemia da Covid-19, segundo o secretário de Turismo da cidade, Christian Silveira Bastos. A cidade, segundo ele, é predominantemente turística e ficou quase cinco meses fechada, com um impacto muito grande sobre a economia local. Em julho do ano passado as atividades começaram a ser retomadas, mas o planejamento do município está condicionado ao índice epidemiológico da região. Ainda assim, são muitas ações que têm sido feitas para aumentar o número de visitantes na cidade. A demanda tem aumentado, segundo Christian, em função das características históricas da cidade, da sua gastronomia, dos festivais como o de cinema, que acontecem por lá e a prefeitura também busca outros nichos, como o turismo de mountain bike e o rural. A cidade conquistou recentemente o selo do Conselho de Turismo Internacional como destino seguro e, a partir da liberação das ondas do Minas Consciente, o objetivo é o de adotar as medidas sanitárias necessárias para retomar as suas atividades. A prefeitura também busca soluções tecnológicas para viabilizar outras atividades no município. Mas o maior vilão, segundo Christian, é o próprio ser humano: “se não há o cuidado com os protocolos sanitários, a transmissão vai continuar acontecendo”.

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