O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, em resposta a um agravo regimental apresentado pela defesa de Lula, determinou que sejam encaminhadas à Justiça Federal de São Paulo. as citações de delatores da Odebrecht de pagamentos feitos ao irmão mais velho de Lula, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico. O caso estava com o juiz Sérgio Moro. Os delatores Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, e Hilberto Mascarenhas Alves, que chefiou o chamado departamento de propinas da empreiteira, disseram em seus depoimentos que Frei Chico recebia uma espécie de mesada. Segundo Alencar, antes de Lula ser eleito, Frei Chico recebia para fazer a interlocução da Odebrecht com sindicatos. Depois que o petista assumiu o Planalto, para não criar embaraços para a empreiteira nem expor a relação, a Odebrecht passou a pagar “mesadas” ao irmão do então presidente, sem que ele prestasse serviço algum à empresa. O delator declarou à PGR que os valores pagos a Frei Chico (foto) eram autorizados por Emílio Odebrecht, dono da companhia, e variaram de R$ 3.000 a R$ 5.000 mensais ao longo dos treze anos em que Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff ocuparam a Presidência. O irmão do petista era tratado nas planilhas da propina da Odebrecht pelo codinome “Metralha”.