*O ministro Sergio Moro (Justiça) segue na cruzada para tentar emplacar suas propostas para a segurança pública em propaganda paga no rádio e na televisão e também por meio de postagens de apelo “emocional” nas redes sociais. Nesse domingo ele respondeu a um tuíte da autora de novela Glória Perez para promover o conjunto de propostas do “pacote anticrime”. “Por trás de cada crime, uma tragédia pessoal. O júri é soberano ou não no julgamento de assassinatos? Se sim, por que transformá-lo em tribunal de passagem? É normal sair andando livre na rua após ser condenado por assassinato? Chega de impunidade #PacoteAnticrime”, escreveu. A mensagem foi uma resposta à publicação de Perez, que perdeu a filha Daniella brutalmente assassinada em 1992. A roteirista compartilhou uma notícia sobre Adriana Villela, que matou os pais e a empregada da família, foi condenada a 67 anos de prisão, mas poderá recorrer em liberdade. A autora aproveitou para defender o pacote de leis de Moro.
*O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se todas as pessoas que frequentam os tribunais brasileiros devem passar por detectores de metais instalados nas portarias dos fóruns. A questão será julgada em uma ação protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que juízes, promotores, defensores públicos, além de advogados particulares sejam obrigados a passar pelo procedimento ou dispensados da medida. A ordem defende a aplicação dos critérios de forma isonômica. Apesar de não ter sido protocolada com base em um caso específico, a ação da OAB coincide com dois episódios ocorridos na última semana envolvendo ameaças a juízes por pessoas que transitam diariamente pelos tribunais e, geralmente, são dispensadas desse procedimento de segurança.
*Incerteza econômica, políticas governamentais, risco cambial, demanda fraca. Desde o início do governo Bolsonaro, uma série de preocupações com o cenário interno e externo derrubou o otimismo de diretores financeiros de 29 médias e grandes empresas brasileiras acompanhadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A mais recente edição da pesquisa Panorama Global dos Negócios, feita desde 2012, em parceria com a americana Duke University, mostra que o otimismo dos gestores com a economia do país despencou 28,2% pontos, do nível mais alto desde 2013 – 68,5 pontos, registrado em dezembro de 2018 – para 49,2 no último mês de setembro. É o mesmo patamar registrado em setembro de 2014. Naquela época, incerteza econômica e políticas governamentais também foram citadas pelos empresários, ao lado de inflação (que vinha na trajetória ascendente que culminaria com os 10,67% registrados nos 12 meses até dezembro de 2015) e do aumento de custo de matérias-primas. Com a BBC Brasil.