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Jogo Aberto

Paulo César de Oliveira
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*O governo corre contra o tempo. A semana é decisiva para o Poder Executivo. A equipe do ministro Paulo Guedes (foto) está debruçada nos projetos de Orçamento 2021 que deverá ser enviado ao Congresso Nacional até o próximo dia 31 de agosto (segunda-feira) contendo as diretrizes para o cumprimento do teto de gastos. Entre os pontos que estão sendo discutidos pela equipe econômica, estão as medidas do programa Pró-Brasil, cujo lançamento foi adiado e que atenderia às famílias do Bolsa Família e incluiria outros grupos. Dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias autoriza que o governo inclua receitas e despesas com projetos que ainda estão em tramitação no Congresso.

 

*A decisão dos funcionários dos Correios de manter a paralização por tempo indeterminado só faz aumentar a crise na estatal que vem se arrastando por longos anos, e sua privatização voltou a ser insistentemente falada. Daí, é bom lembrar a opinião que o ex-secretário Nacional da Desburocratização, Salim Mattar, tem dos Correios. Para Mattar, os Correios é uma “empresa simbólica e tradicional, mas que se perdeu com o passar dos anos. Não resta outra alternativa do que vender, já que ninguém mais escreve cartas”. Para ele, a expectativa é que a estatal seja vendida no segundo semestre de 2021.

 

*Os 80 anos do ex-vice-presidente Marco Maciel foram comemorados nessa terça-feira (25) pela Academia Brasileira de Letras (ABL) no podcast especial “Efemérides Acadêmicas”. Eleito para a ABL em 2011, o pernambucano Marco Maciel, uma das lideranças mais influentes do país, foi governador de Pernambuco, senador por dois mandatos, presidente da Câmara Federal e foi vice-presidente da República por dois mandatos do então presidente Fernando Henrique Cardoso, que participou da homenagem. Eleito para ABL em 2003, Maciel vive em Recife, onde luta contra o mal de Alzeheimer.

 

*O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na série do Estadão Live Talk voltou a falar que há uma limitação para a queda de juros no Brasil. Campos Neto afirmou também que, quando um limite para os juros é ultrapassado, pode-se criar um efeito contrário ao desejado e a economia pode não crescer. No início de agosto, o Copom cortou a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 2% ao ano, e, na ocasião, o Banco Central não descartou um novo corte de juros, ainda que improvável, mas que se ocorresse deveria ser pequeno.

 

*A propósito, em evento realizado por Automotive Business, Fernando Machado Gonçalves, superintendente de pesquisa macroeconômica do Itaú, afirmou que a Selic, já em seu menor índice histórico (2% ao ano), ajuda, mas não determina sozinha uma redução drástica dos juros na ponta do consumo. Disse ainda que o grande número de desempregados e a elevação do risco-país, devido ao agravamento da situação fiscal a partir da crise gerada pela pandemia da Covid-19, também seguirão pressionando o câmbio.

 

*Pesquisa realizada pela Mobilis, startup de gestão de finanças pessoais sobre o aumento dos gastos pela população paulista em áreas essenciais, mostra que 79,17% dos entrevistados afirmaram ter gastado mais em supermercados e 52,88% tiveram aumentos nas contas de água, energia e gás. Já com relação as despesas que diminuíram, destacam-se lazer (-67,80%), viagem (-59,38%), vestuário (-58,79%) e restaurante (-52,88%). Com a adoção do home office em boa parte das empresas, as despesas com transporte (-56,43%) também sofreram redução.

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