*“No Brasil de hoje você tem muitos indivíduos, instituições e grupos com força para bloquear uma agenda (que vinha sendo implementada), mas a questão é que ninguém tem poder para impulsionar uma nova agenda. E o resultado é essa paralisação do país”, disse Moisés Naim (foto) ex diretor do Banco Mundial, em entrevista à BBC Brasil. Para o executivo, a falta de liderança não é apenas no Brasil. “A questão da fragmentação do poder é uma tendência global da qual o Brasil é apenas um exemplo extremo.” Ao comentar sobre como é visto no mundo um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff, Naim afirmou “no geral, já está se esperando o afastamento – e se ele não ocorrer será uma surpresa”. “Acho que muita gente tem a sensação de que Dilma não é a líder que o Brasil precisa neste momento, mas o problema é o que fica, porque não há alternativa. Todos os que poderiam substituí-la depois desse processo estão tão contaminados, são tão tóxicos quanto ela”.
*A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios-CONATEC, decidiu comprar briga contra a demissão do zelador do edifício em Guarujá onde o ex presidente Lula tem um tríplex e nega ser seu. O zelador José Afonso Pinheiro foi testemunha no inquérito que apura se o ex-presidente é mesmo o proprietário do imóvel. Ao Ministério Público de São Paulo, José Afonso disse ter visto Lula e Dona Marisa várias vezes no edifício, vistoriando a obra que custou mais de R$ 700 mil e que foi paga pela Construtora OAS. A demissão do zelador é atribuída pela Conatec a uma retaliação contra o seu depoimento.
*A economia da América Latina e do Caribe vai contrair 0,6 por cento neste ano, prolongando a fraqueza já vista em 2015 em meio ao complexo cenário internacional, estimou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Em relatório, a Cepal projetou que as economias sul-americanas registrarão uma contração de 1,9%. Em relação ao Brasil, a expectativa é de uma contração econômica de 3,5%, contra projeção anterior de queda de 2%. “As novas projeções dão conta de um ambiente global difícil, no qual se mantém o baixo crescimento dos países desenvolvidos”, disse a entidade em um inesperado comunicado.