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Jogo Aberto

Paulo César de Oliveira
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*O ex-presidente Fernando Henrique (foto) cancelou sua participação em um evento, em Nova York, promovido pela Associação de Estudos Latino-Americanos – Lasa. Um grupo de intelectuais ligados a universidades brasileiras havia se manifestado contra a participação do ex-presidente por causa de seu posicionamento favorável ao impeachment da presidente Dilma. Na carta enviada à Lasa, Fernando Henrique afirma não querer “dar pretexto a mentes radicais, guiadas por paixões partidárias” e, por isso, agradecia o convite. “Eu peço apenas a compreensão de que neste momento da vida, aos 85 anos de idade, eu não gostaria de dar pretexto para mentes radicais, guiadas por paixões partidárias, para me usar em uma luta imaginária ‘contra o golpe’, um golpe que nunca existiu”, diz trecho da carta.

 

*Professor de ciência política da Universidade de Pittsburgh (EUA), o americano Barry Ames diz que o sistema político brasileiro não só favorece a corrupção, mas depende dela para seu funcionamento. Segundo Ames, que pesquisa a evolução das instituições brasileiras desde a ditadura militar, não há possibilidade de que o governo consiga apoio majoritário do Congresso sem oferecer cargos e obras públicas para aliados, o que abre o caminho para desvios.A solução, diz ele, passa por reduzir o número de partidos no Legislativo, diminuir os distritos eleitorais – para que os eleitores exerçam maior controle sobre os eleitos – e quebrar o oligopólio no setor de construção civil, que facilita conluios entre governo e empreiteiras. Ele já havia feito parte do diagnóstico em Os entraves da democracia no Brasil (FGV, 2003). Ames afirma que, após o fim da ditadura, imaginava que a corrupção cairia mais no país. “É problemático que, embora seja mais arriscado roubar, as pessoas continuem a fazê-lo”.

 

*Desde que a união estável para casais do mesmo sexo foi reconhecida como entidade familiar, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011, o número de uniões homoafetivas registra aumentos constantes nos cartórios do país. Dos 608 casos em 2011, o número evoluiu para 1.288 no ano passado, com aumento de 112% no período, a maioria nos estados de São Paulo e Minas Gerais, de acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil, seção São Paulo – entidade que congrega os cartórios de notas. A partir de 2012, São Paulo é o estado que registra o maior número de uniões estáveis homoafetivas, seguido sempre por Minas Gerais. Apenas nos cinco primeiros meses de 2016 foram registradas 358 uniões homoafetivas no país, das quais 76 em São Paulo, o que corresponde a 21% do total do país. No mesmo período, Minas Gerais registrou 69 uniões, representando 19% do total.

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