*O juiz federal Sérgio Moro (foto) decidiu ontem que vai continuar na condução dos processos que envolvem o ex-presidente Lula da Silva. O juiz negou pedido da defesa de Lula para se declarar impedido para julgar as causas. Na mesma decisão, Moro disse que a opinião pública tem papel importante para prevenir “interferências indevidas” em processos que envolvem acusados poderosos. Na petição, os advogados de Lula alegaram que Moro não poderia julgar o caso por ter escrito um artigo acadêmico em 2004, no qual se manifestou a favor da importância da opinião pública nas investigações contra políticos. Além disso, a defesa afirmou que o juiz participou de eventos políticos e que teria declarado, em um jantar com advogados do Paraná, que Lula “seria condenado até o fim do corrente ano”.
*O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, ontem, alterar o modelo de venda de uma parte da BR Distribuidora. Pelo novo modelo, a Petrobras deverá compartilhar o controle de sua unidade de distribuição de combustíveis. No ano passado, o Conselho da companhia havia aprovado a venda de pelo menos 25%da unidade de distribuição de combustíveis da estatal. Em comunicado, a empresa informa que foram recebidas três propostas, que após análise, “não atenderam aos objetivos da Companhia”. Com isso, o atual processo de venda foi encerrado. No novo processo, segundo o texto, a Petrobras deverá deter uma participação de 49% no capital com direito a voto, mas ficará majoritária no capital total (acionistas com e sem direito a voto).
*O valor pago pelos brasileiros em impostos neste ano alcançou R$ 1,1 trilhão às 14h18 dessa sexta-feira (22), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No ano passado, esse mesmo montante foi alcançado dois dias antes, em 20 de junho. No início do mês, o Impostômetro alcançou R$ 1 trilhão, com seis dias de atraso em relação à data em que o mesmo montante foi atingido em 2015. Segundo a ACSP, o fato de a marca anterior (R$ 1 trilhão) ter sido atingida com seis dias de atraso em relação a 2015, e a marca de R$ 1,1 trilhão ter sido registrada com apenas dois dias de demora, pode sugerir que a recessão esteja perdendo força.