*A Polícia Federal apreendeu duas garrafas de vinho na casa do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás Aldemir Bendine. O delegado Filipe Hille Pace, da Operação Cobra, desdobramento da Lava Jato que prendeu Bendine na quinta-feira, 27, quer saber ‘o modo’ como ele adquiriu a bebida. “Considerando arrecadação de duas garrafas de vinho de possível valor elevado na residência em São Paulo/SP de Aldemir Beinde, proceda-se sua apreensão e, após, requisite-se da defesa do preso comprovação em 72 horas, uma vez que se tratam de bens perecíveis, do modo de aquisição das garrafas uma vez que podem ter sido adquiridas com produto dos crimes investigados”, destacou o delegado. Na quinta-feira, agentes federais fizeram buscas em três endereços de Bendine (foto). Os policiais vasculharam uma casa em Conchas e outra em Sorocaba, ambas as cidades no interior de São Paulo. As buscas se estenderam a um apartamento do ex-presidente da Petrobrás em São Paulo, no bairro de Higienópolis. Bendine é suspeito de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht por sua atuação na Petrobrás. Bendine e os vinhos continuam presos.
*O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou Portugal porque o Judiciário do país descumpriu a duração razoável do processo em caso que começou em 2004 e demorou dez anos para ser finalizado. O Estado português terá de pagar 6.400 euros de indenização por danos morais ao autor do pedido, mais mil euros de custas. Segundo a decisão, Portugal não conseguiu explicar por que o processo que discutia a habilitação de herdeiros ficou parado por tanto tempo, principalmente no período entre maio de 2004 e novembro de 2006. A corte entendeu que o Estado foi responsável pela demora e nada fez para resolver o problema. Se esta moda vem para o Brasil …
*O ministro da Defesa, Raul Jungmann, reforçou ontem o conceito central de inteligência que norteia a Operação Segurança e Paz, desencadeada em todo o estado do Rio de Janeiro, envolvendo forças federais e estaduais. “Só a inteligência permite golpear o crime organizado e reduzir a sua capacidade operacional”, disse o ministro, em entrevista na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, região central do Rio. Jungmann enfatizou que essa fase inicial da operação, que mobiliza um efetivo de 8,5 mil militares das Forças Armadas, 620 integrantes da Força Nacional de Segurança e 1.120 da Polícia Rodoviária Federal nas ruas e vias expressas do Rio, é de curta duração. “Nós não vamos repetir o procedimento anterior de longas permanências, realizando patrulhamento, não vamos fazer ocupação de comunidades. Vamos continuar no mesmo diapasão da surpresa. Não vamos anunciar quando iniciaremos e nem quando terminaremos fases dessas operações, mas quero dizer que já estamos preparando a próxima”.