A decisão do governo de liberar voos comerciais de grande porte no aeroporto da Pampulha para ganhar alguns votos e assim garantir a permanência do presidente Michel Temer no poder, ameaça virar uma grande dor de cabeça. Além de romper com o contrato com a concessionária que administra o aeroporto Internacional, em Confins, essa decisão pode afugentar os investidores, que estavam analisando algumas possibilidades de investimentos no país. O mesmo efeito que aconteceu em relação ao setor elétrico, quando o país ficou conhecido por não cumprir as regras dos contratos. Acionistas da concessionária falam em entrar na Justiça, moradores de bairros próximos ao aeroporto também buscam alternativas para reverter a decisão. O senador Antonio Anastasia (foto), assim que soube da decisão do governo mostrou a sua preocupação com o fato de todo o planejamento realizado no aeroporto internacional nos últimos 20 anos ser colocado em risco Anastasia acusa Temer de estar rompendo o contrato com a concessionária e de adotar uma medida danosa para Minas Gerais. Após a decisão, a Anac já recebeu 77 pedidos de novas operações na Pampulha.