Medo da segunda onda

A semana segue com uma combinação ruim para os investidores — medo de uma segunda onda de contágio do coronavírus e novas ameaças à recuperação da economia. A China alivia e já anunciou uma nova lista de 79 produtos dos EUA que não serão mais alvo de tarifas impostas no auge da guerra comercial. Na semana passada, negociadores de Pequim e Washington discutiram a implementação da fase 1 de um acordo entre os países, mas com impacto quase nulo refletido nas Bolsas da Ásia. Comprovando que a pandemia tem comprometido a economia, a petroleira saudita Saudi Aramco anunciou uma queda de 25% nos resultados do primeiro trimestre. Enquanto isso, segue o temor nos mercados de uma segunda onda do coronavírus à medida em que os países começam a flexibilizar o combate à pandemia. A Rússia, que anunciou um início de reabertura mesmo com recorde de casos — o país é o segundo com mais contaminados, 232 mil- é um caso emblemático. Já no Brasil, o receio de que uma adoção mais massiva de lockdowns possa afetar ainda mais a economia está ajudando a jogar a Bolsa para baixo. As previsões de encolhimento do PIB em 2020 seguem piorando e, atualmente, variam entre -4% e -5,5%. Em meio a tudo isso, o presidente Jair Bolsonarro (foto), baixou decreto considerando as atividades de academias e salões de beleza como essenciais.