Minas Gerais foi um dos cinco estados atingidos pela nova onda de ocupações do MST no fim de semana, parte da ofensiva do “Abril Vermelho” que visa pressionar o governo por avanços na reforma agrária. A ofensiva reacende a pressão sobre o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (foto/reprodução internet), que tenta equilibrar o discurso. De um lado, ele afirma que o ritmo de assentamentos voltou aos patamares dos dois primeiros anos dos dois mandatos de Lula, embora, no comparativo, o percentual ainda seja 35% inferior aos dois momentos anteriores. Em contraponto, o ministro evita confronto direto com o movimento, defendendo a “mediação de conflitos” como estratégia para garantir a paz no campo. A verdade é que os dados indicam avanço muito significativo em relação à gestão passada: entre 2019 e 2022, o governo Bolsonaro assentou apenas 4,3 mil famílias; entre 2023 e 2024, os números do governo Lula saltaram para 25,8 mil famílias, expansão de 500%. O MST cobra mais agilidade, mas deve reconhecer que a lição de casa tem sido entregue.