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Ministro quer a Samarco operando novamente

Paulo César de Oliveira
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A retomada das operações da mineradora Samarco é um desejo dos moradores e do governo de Minas Gerais, afirmou ontem o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (foto), em evento na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. O rompimento da barragem da Samarco em Mariana em novembro passado deixou 19 pessoas mortas, destruiu cidades, causou destruição da vegetação nativa e poluiu a bacia do Rio Doce, sendo considerado uma das maiores tragédias ambientais da história do país por especialistas. A mineradora deve indenizações bilionárias já acertadas com o governo federal às vítimas da tragédia. “O que aconteceu com a Samarco foi uma tragédia lamentável, mas precisamos ouvir quem está próximo. Se você conversa com o governo de Minas, com Espírito Santo e com a população, todos querem, evidentemente com mais segurança e com os reparos feitos, que a Samarco volte a operar”, disse o ministro. “Estamos falando de milhares de empregos e de arrecadação em um momento de extrema necessidade que vivem os municípios. Respeitando as normas de meio ambiente, compromissos assumidos pela empresa, não vejo problema que a empresa possa voltar às suas atividades e quero poder ajudar”, disse.

 

Licenças dependem de decisão judicial

O ministro ressaltou que as mineradoras Vale e BHP, sócias da Samarco, precisarão investir pesadamente para a retomada das operações da empresa. “Estamos falando de alguns bilhões e, nas conversas que tive com Vale e BHP, disseram que estão dispostos a fazer, e até admitem que, se precisar fazer um pouco mais, eles estão abertos”, afirmou Coelho Filho. O funcionamento da mineradora na região depende de autorizações da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Em meados de agosto, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu todas as licenças ambientais do Complexo Germano, da mineradora Samarco, local onde ocorreu o rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana (MG), até nova decisão do Poder Judiciário. O pedido foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

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