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Mutirão dengue mobiliza presidente Dilma e seus ministros

Paulo César de Oliveira
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Ministros, governadores e a presidente Dilma arregaçam as mangas hoje no mutirão de combate ao aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, da chikungunha e Zika. O ministro Fazenda, Nelson Barbosa (foto), foi designado para atuar em Belo Horizonte, com ajuda da estrutura do Estado, governado pelo petista Fernando Pimentel. Mas como o número de ministros é maior do que o de capitais brasileiras, a presidente Dilma está enviando alguns para as cidades médias. A brincadeira ontem em Brasília era a de que a distribuição das cidades para os ministros era proporcional ao prestígio junto à presidente. Se ele for mais amigo, o destino seria uma capital, se não tiver tanto prestígio com a presidente, vai para uma cidade média. O ministro Aloízio Mercadante, por exemplo, que já foi considerado o primeiro amigo e o principal interlocutor da presidente no Congresso Nacional, foi convocado para fazer a campanha contra o mosquito da Dengue em Osasco, na Grande São Paulo. A presidente Dilma vai participar das ações no Rio de Janeiro e o vice-presidente Michel Temer estará em Curitiba.

 

Ações envolvem visita a residências e distribuição de folhetos após puxão de orelha da ONU

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, do PC do B, foi o escolhido para anunciar as ações do governo no combate ao mosquito aedes aegypti, que incluem, além da participação da presidente Dilma e de seus ministros, a distribuição de quatro milhões de folhetos e a visita a três milhões de residências em todo o país. O Ministério da Defesa vai colocar nas ruas 220 mil militares, em 356 municípios. Pouco, se considerar que o país tem mais de cinco mil municípios. A situação no Brasil se tornou mais crítica com o nascimento de crianças com microcefalia, principalmente na região nordeste em consequência da chikungunha, e das mortes que começaram a acontecer. O alerta da ONU sobre a situação no país e da falta de uma ação mais efetiva do governo federal no combate ao mosquito transmissor dessas doenças, forçaram o governo a ter uma ação mais ativa. Turistas grávidas estão sendo desaconselhadas a vir ao Brasil e até atletas que vão participar das Olimpíadas estão desobrigados de participar do evento devido ao temor em relação as doenças transmitidas pelo mosquito. Mas a culpa da situação dramática vai um pouco mais além. Falta conscientização da população para evitar a proliferação do mosquito transmissor. Não adianta o poder público sozinho fazer a sua parte. Sem a participação de todos, o mosquito vai continuar vencendo esta batalha.

 

Lacerda e Nelson Barbosa contra o mosquito e a burocracia

O prefeito Marcio Lacerda terá, hoje, oportunidade de conversar com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sobre assuntos de interesse de Belo Horizonte que estão emperrados na burocracia do governo federal. O ministro estará com o prefeito no Centro de Saúde São José Operário, no bairro Nova Vista, participando do dia de mobilização nacional de combate ao mosquito aedes aegypti. Ninguém explicou ainda do motivo da presidente Dilma ter escolhido Nelson Barbosa e não o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, para participar do mutirão na cidade.

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