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No Brasil, até a prisão entrou em home office

Paulo César de Oliveira
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Ricardo Lewandowski

O Brasil vive uma transição silenciosa no sistema penal: as tornozeleiras substituem as grades. Em dez anos, o número de detentos em prisão domiciliar saltou de 6 mil para 236 mil, um crescimento de 39 vezes. Hoje, um em cada quatro detentos cumpre pena em casa. O avanço reflete a superlotação carcerária: são 664 mil presos para apenas 500 mil vagas. A pandemia acelerou o modelo, inicialmente como medida sanitária, mas ele se consolidou por falta de alternativas. Estados como Paraná e Amazonas já têm mais da metade dos condenados fora das celas. O fenômeno escancara a falência do sistema prisional, subordinado ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski (foto/reprodução internet) e entre o encarceramento inviável e a liberdade vigiada, o país parece optar por administrar a criminalidade e não por enfrentá-la.

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