Nenhum ato do Vaticano em tempo de guerra deixa de ter uma carga simbólica. O Papa Francisco (foto) pretende ir à Rússia conversar com Vladimir Putin. Estará a Igreja Católica reiterando seu ciclo histórico? Em grande estilo, o arcebispo Eugenio Pacelli partiu de Roma, como representante do papa Benedito XV, em direção à Alemanha, em 18 de maio de 1917, para supostamente negociar um plano de paz. O arcebispo viria a ser o “papa de Hitler”, Pio XII, aos olhos do mundo. Francisco dispensa intermediários. Quer o olho no olho, o corpo a corpo com a víbora do Kremlin. Ou o xadrez internacional está fora de nosso alcance ou é desastroso o risco de Francisco ser mal interpretado. Na divina busca da paz, o céu pode virar um inferno. (Foto reprodução internet)