A linha populista é, para alguns pré-candidatos, cativa eleitores por considerarem o discurso sedutor. Mas o eleitor está mudando. Até um programa como o Auxílio Brasil, com o qual Jair Bolsonaro tentará pescar o eleitorado nordestino, poderá não ter o efeito desejado. Tudo está em mudança. Quem recebe auxílio até se acostumou e muitos retribuirão o doce recebido com o voto. Mas o eleitor está mais atento e cansado de tanta maquiagem. Os atores do palco político puxam o discurso eleitoral para o lado do coração, na esperança de que tenhamos uma campanha mais emotiva do que racional. Ainda que a racionalidade ande a passos de tartaruga e a emoção corre como lebre, o fato é que o meio da base está aumentando. Devagar, sim, mas se movimenta. E isso importa. Na política, a decisão leva em conta os partidos e suas forças, a natureza dos cargos, a possibilidade de alianças, o clima do meio ambiente e as circunstâncias de uma campanha eleitoral. Um candidato a presidente da República, por exemplo, há de trabalhar com diversas alternativas, e não apenas com a posição isolada de colar à candidatura exclusivamente em seu partido, exprimir um único discurso e escolher uma única estratégia de campanha. Flexibilidade vai ser a chave do sucesso. (Foto reprodução internet)