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Obras raras de Portinari são doadas para a UFMG

Paulo César de Oliveira
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O professor aposentado José Carlos Sebe B. Meihy (foto), do Departamento de História da USP e um dos principais nomes da história oral brasileira, doou uma série de xilogravuras de Cândido Portinari para o acervo da UFMG. “Quando o médico o proibiu de pintar a óleo, Portinari ficou deprimido, e assim foi ler Dom Quixote. Inspirado pelos personagens do livro, o pintor produziu a série de xilogravuras. Posteriormente, Drummond ‘ilustrou’ as imagens com 21 poemas inéditos e autografados, em homenagem a Portinari”, conta José Carlos Sebe. O historiador lembra que a série foi publicada em 300 cópias únicas, de reprodução proibida. “É um material que não consta fisicamente nem mesmo nas coleções de Portinari e Drummond”, afirma. O destino das obras na Universidade – e sua possível exposição – ainda será definido. Não é a primeira vez que José Carlos Sebe disponibiliza um acervo artístico para a UFMG. No ano passado, o historiador já havia doado ao Acervo de Escritores Mineiros (AEM) uma importante e rara coleção de microfilmes com cópias dos cadernos em que a escritora mineira Carolina Maria de Jesus (1914-1977) registrava suas histórias. José Carlos Sebe estará em Belo Horizonte neste sábado (20) lançar o livro Prostituição à brasileira, em que reúne cinco relatos de homens e mulheres que entraram para o universo da prostituição internacional. O lançamento será às 11h, na livraria Quixote.

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