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Os dois anos da reforma trabalhista

Paulo César de Oliveira
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Foi um “equívoco” pensar que a reforma trabalhista seria capaz de gerar empregos, como foi defendido durante o processo de votação. A crítica é do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Batista Brito Pereira (foto), ao lembrar que em julho a nova lei trabalhista completa dois anos. Em entrevista à BBC Brasil, Brito Pereira disse que “sabidamente” a lei não é capaz de gerar novos postos de trabalho, é o “desenvolvimento da economia”, segundo ele, que pode estimular a criação de novas vagas. O argumento de que a flexibilização das leis trabalhistas ampliaria o nível de contratações foi utilizado pelos defensores da reforma, sancionada em julho de 2017 pelo então presidente Michel Temer. Na época, o governo chegou a dizer que ela abriria espaço para a geração de até 6 milhões de empregos no país.

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