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Os investimentos da Stellantis

Paulo César de Oliveira
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Um admirador das cidades históricas mineiras, o presidente da Stellantis, Antonio Filosa (foto), falou ontem para empresários mineiros no Conexão Empresarial, sobre os 30 bilhões de euros até 2025, no desenvolvimento de software e transformação de eletrificação. No evento promovido pela VB Comunicação no Hotel Ouro Minas, Filosa ressaltou o interesse do grupo em “ajudar o mundo a sair dessa crise climática”. Nesse aspecto, uma das apostas é nos veículos movidos a etanol, que para o executivo, é uma das poucas certezas que o Brasil tem para construir uma mobilidade sustentável, competitiva e inovadora. (Foto Tião Mourão)

Lançamentos 

O mercado, segundo ele, não está melhorando, mas também não está piorando, mantém-se estável. A montadora trabalha, com a possiblidade de crescer um pouco, segundo ele, mesmo limitada com a oferta de semicondutores e componentes. Dizendo-se um otimista, o grupo está com vários lançamentos, porque, segundo Filosa, “o otimismo é alto em relação as nossas marcas. A Fiat acaba de lançar o Fiat Fastback, o SUV Coupé da Fiat, que é um carro maravilhoso, absolutamente inovador. A Citroen acaba de lançar C 3 , que é o carro que a marca precisa para se reerguer, depois de alguns anos de dificuldades. O Jeep continuar com muita força. A Fiat continua com muita força, a Peugeot é a marca que mais cresce no mercado, então, não pode faltar otimismo. Mas a visão é a de um mercado estável, com tendência crescimento e com alguma interrogação sobre a disponibilidade de componente”.

Componentes nacionais 

Como a maior empresa automotiva do mundo, a Stellantis, que engloba a Fiat-Chryler, Dodge e Jeep, além, da Peugeot, Citroën, DS e 14 marcas, trabalha com a oferta de produtos adequados ao consumidor local, no desenvolvimento de tecnologias e na busca por competitividade. Um dos objetivos é o de transformar a montadora na mais rentável do país e na mais eficiente da América do Sul. Um dos planos do grupo é o de expandir para a Colômbia, além dos mercados onde já atua, incluindo Brasil, Argentina e Chile, onde a economia está mais aberta e “interessante”. 

Um outro ponto importante no processo de produção da montadora é a forte conexão com os componentes nacionais dos carros da Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën. A Usiminas, segundo Filosa, é uma das fornecedoras, que se unem a outras 50 empresas, que também fornecem componentes para a montadora. Segundo ele, 90% do valor agregado aos veículos feitos na planta mineira são de componentes e sistemas brasileiros, vindos de fornecedores instalados no país, que juntos, somam R$ 40 milhões ao ano em compras. 

As marcas ligadas a Stellantis sofreram com a falta de componentes durante a pandemia da Covid e levaram um bom tempo para recuperar. Houve uma retomada forte na produção e uma melhora no mercado e quando tudo parecia voltar a normalidade, veio a guerra da Rússia com a Ucrânia e a insegurança voltou a afetar os negócios em todo o mundo. 

Aspecto emocional 

Mesmo com esses problemas no cenário mundial, Antonio Filosa está otimista com a retomada da economia do Brasil. “Ainda tem um monte de problemas para resolver. A taxa de juros está muito elevada”, ponderou para os empresários que participaram do Conexão Empresarial.

Mas ressalta a liderança da Fiat e a qualidade e a experiência oferecida ao consumidor final. Isso é resultado de um trabalho que envolve os profissionais que trabalham com os logaritmos e que tem a capacidade de elevar o aspecto emocional do veículo para milhões de consumidores. Um exemplo dessa conectividade está na marca Jeep, que é um dos preferidos na sua categoria. O evento, promovido pela VB Comunicação, tem o patrocínio da Anglo American, Drogaria Araujo, Grupo BMG, Líder Aviação, Mater Dei, Mercantil do Brasil e Urbana. (Foto Tião Mourão)

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