Quanto mais a gente reza, mais assombração aparece. Esse velho ditado, que sempre pareceu aplicável à tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional, surgiu novamente, mais atual do que nunca, quando foram conhecidas as principais mudanças incorporadas ao texto original da MP (Medida Provisória) 1.031, que autoriza a privatização da Eletrobras. No ponto central, o texto mantém o modelo de diminuição do controle acionário da União sobre a empresa por meio de oferta pública de ações ordinárias. O que parece relevante, contudo, é que a divulgação do relatório foi feita de forma preliminar, sem se conhecer o texto integral. Talvez com o propósito de medir as reações da sociedade sobre as incríveis emendas sugeridas, em tudo adequadas ao ditado acima referido. Cá para nós: uma privatização centrada em mais subsídios é um verdadeiro conto de terror.