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Para SOGIMG nova norma sobre cesarianas não contempla problemas reais

Paulo César de Oliveira
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Desde essa segunda-feira (6) estão valendo as novas regras para cesariana no Brasil. Os planos de saúde só vão remunerar os médicos obstetras pela realização de uma cesariana se houver uma justificativa para a realização do procedimento cirúrgico. A ideia é diminuir a incidência de cesarianas no Brasil, que na rede privada chega a 84,6% frente a uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de apenas 15%. O presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOGIMIG), o ginecologista Agnaldo Lopes da Silva (foto) é defensor do parto normal, mas acredita que a nova norma estabelecida pela Agencia Nacional de Saúde é superficial. “A ANS não contempla as reais causas do número alto de cesarianas. Há no Brasil uma inadequação dos hospitais para receber o parto normal, como por exemplo, a necessidade de uma equipe completa disponível 24 horas”, ressalta o médico. Em Belo Horizonte, por exemplo, ele lembra que 10 maternidades foram fechadas ao longo de 10 anos. As novas normas da ANS estabelecem ainda que os planos de saúde são obrigados a cobrir despesas com a cesárea programada se este for o desejo da segurada. Ela, no entanto, terá que assinar um documento assumindo os riscos da cirurgia. O Brasil tem atualmente 23,4 milhões de mulheres são beneficiárias de planos de saúde com cobertura obstétrica.

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