O Poder Judiciário continuará sendo alvo da mídia e de parcela da esfera política, não conformada com suas decisões no âmbito da Lava Jato. Expande-se a sensação de que alguns ministros agem de maneira parcial e sob viés político. A substituição no final do ano do ministro Celso de Mello, decano do STF, abriu o leque de especulações. Acabou sendo escolhido um juiz alinhado com o presidente, mas o perfil ”terrivelmente evangélico” continua na cabeça do capitão Bolsonaro. O medo generalizado de todos nós é que esse perfil recaia sobre o inexpressivo André Luiz Mendonça (foto), que segue agindo de forma submissa no exercício do cargo de ministro da (in) Justiça, como se não fosse com ele os destinos da pasta. Enquanto isso, segue solta a ironia entre os ocupantes daquele plenário. A última agora, segundo o que se lê e se ouve a respeito do STF, é algo como ”esse ministro é caçador com ç”. Como a comprovar que a vida ali é um teatro: enquanto falta amizade ou mesmo respeito, sobre-existe a tentativa, sempre presente, da agressão pela palavra e pelo voto espalhafatoso, que agride a consciência da nação. Valha-nos Deus.