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Policiais nas ruas por reajuste salarial

Paulo César de Oliveira
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Hoje é dia de forte tensão em Belo Horizonte. A manifestação de policiais civis e militares e agentes socioeducativos pelo cumprimento de promessa de reajuste salarial feita pelo governador Romeu Zema e ainda não cumprido integralmente, faz renascer na memória da cidade a greve dos militares em 1997, quando morreu baleado por um companheiro de farda, o Cabo Valério, que, no alto da escada do prédio do Comando-Geral, pedia calma aos colegas mais exaltados que ameaçam invadir o Palácio da Liberdade. Seria um dia de muitas mortes num confronto da PM com tropas do Exército que já ocupavam o Palácio. A prudência do governo, que resolveu aceitar algumas reivindicações, e de alguns grevistas, evitou o pior. Um movimento como o marcado para hoje, na Praça da Estação, envolvendo milhares de agentes de segurança, insuflados por radicais que postam de líderes, é de consequência imprevisível. Sabe-se como começa, mas como qualquer ato que envolva radicais e pessoas acostumadas à violência, não é possível prever como termina. É preciso bom senso dos que se apresentam como líderes do movimento. Reivindicações salariais são justas, mas não podem ser transformadas em movimento político como acontecem com a maioria dos movimentos articulados para anos eleitorais. Que os manifestantes cuidem, eles próprios, depurar o movimento, neutralizando as ações dos aproveitadores, pertencentes ou não o setor de segurança para promover agitação. Lembrem-se que, por razões políticas ou por medo de confrontos, o Governo de Minas, através do Comando-Geral da PM, autorizou a participação de militares da ativa na manifestação, o que ´proibido pela Constituição. A permissão, portanto, não impede punições caso haja excessos. (Foto reprodução internet)

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