O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), tocou no ponto importante da incerteza sobre a política fiscal de 2023. As recentes medidas que ampliaram o gasto público com objetivos eleitorais devem se tornar permanentes. Campos Neto repetiu a dúvida que estava na última ata do Copom: sendo permanentes, como estes novos gastos serão financiados? Não há resposta. A política fiscal não está entre as atribuições do presidente do Banco Central, mas afeta diretamente o trabalho da autoridade monetária. O controle dos juros busca reduzir a quantidade de dinheiro em circulação para conter a inflação. Quanto mais responsável é a política fiscal, menor a taxa de juros necessária para atingir o objetivo. Se ocorre o contrário, e o Banco Central se vê sozinho no combate à inflação, maiores são os juros. (Foto reprodução internet)