Durante audiência pública das Comissões de Cultura e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), representantes da área cultural fizeram um apelo para a permanência do Teatro Klauss Vianna, instalado em edifício que era da empresa de telefonia Oi, mas que, por acordo entre o Governo de Minas e o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), foi desapropriado em favor do Tribunal para sua nova sede. Com isso, o TJMG pretende fechar o teatro, a partir de julho, para a construção no lugar de um auditório, adaptado para abrigar as sessões do Órgão Especial e do Tribunal Pleno. O deputado Durval Ângelo (PT), líder de Governo, que solicitou a reunião, relembrou que, quando o Cine Teatro Metrópole foi vendido, no governo de Tancredo Neves, foi firmado um compromisso à época para a construção de um novo teatro. Isso tudo culminou, segundo ele, no compromisso das empresas de telefonia Telemar e, depois, a Oi, em manter o Teatro Klauss Vianna em funcionamento. Para a diretora da Fundação de Educação Artística, Berenice Menegale (foto), a população precisa muito que o Estado se preocupe em ampliar os espaços culturais e a demanda é nesse sentido. “Sem dedicação à cultura, não vamos muito longe. Isso precisa ficar claro. Belo Horizonte não tem muitos teatros, não tem muitos locais próprios para a dança. O Klauss Vianna se tornou um espaço muito importante”, afirmou. O fundador do Grupo Galpão, Chico Pelúcio, fez um apelo para que a situação seja revista. O vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural, Aníbal Macedo, destacou que o conselho aprovou uma moção de repúdio à decisão de fechar o Teatro Klauss Vianna. “O conselho não foi chamado para nenhuma conversa sobre o assunto”, ressaltou. Foram aprovados três requerimentos sobre o assunto na reunião, de autoria dos deputados Durval Ângelo, Bosco (PTdoB), Ione Pinheiro (DEM) e Wander Borges (PSB). Um deles é para que seja realizada uma nova reunião sobre o assunto com a presença do governador do Estado, do presidente do TJMG, do presidente da ALMG, de representantes do Movimento Klauss Vianna e da classe artística mineira, para que sejam buscadas alternativas para o não fechamento do atual teatro.