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Quase dez milhões ficaram sem remuneração em maio

Paulo César de Oliveira
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O distanciamento social provocado pela pandemia de covid-19 deixou 9,7 milhões de trabalhadores sem remuneração em maio de 2020, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgados nessa quarta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número corresponde a mais da metade (51,3%) das 19 milhões de pessoas que estavam afastadas de seus trabalhos e a 11,7% da população ocupada do país, que totalizava 84,4 milhões no mês. De acordo com a pesquisa, 15,7 milhões de pessoas estavam afastadas do trabalho devido às medidas de distanciamento social para evitar o aumento da contaminação pela doença. Além disso, o grupo etário com maior proporção de pessoas afastadas do trabalho foi o de 60 anos ou mais: 27,3%.Os trabalhadores domésticos sem carteira foram os mais afetados, registrando o maior porcentual de pessoas afastadas devido à pandemia (33,6%), seguidos pelos empregados do setor público sem carteira (29,8%) e pelos empregados do setor privado sem carteira (22,9%). Já entre os trabalhadores domésticos com carteira, o porcentual de afastados foi de 16,6%.Em maio, havia 75,4 milhões de pessoas fora da força de trabalho no Brasil (isto é, não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho), dos quais 34,9% não procuraram trabalho, mas gostariam de trabalhar, e 24,5% não procuraram principalmente devido à pandemia ou porque faltava trabalho na localidade em que residiam, mas também gostariam de trabalhar.

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