A aprovação da reforma da Previdência será essencial para que o Brasil volte a cresce, no entendimento da presidente do Banco UBS, Sylvia Coutinho. Pelos seus cálculos, existem 70 trilhões de dólares do pull de investimentos internacionais, que procuram locais para investir e se o Brasil fizer o seu dever de casa, poderá atrair muitos desses investimentos. Sylvia e outros três executivos da instituição financeira participaram ontem do Conexão Empresarial, promovido pela VB Comunicação no Espaço V, em Nova Lima, que teve como principal tema o cenário atual e as perspectivas de negócios para o país. Sylvia lembra que o Brasil acaba de passar pela pior depressão já vista, com perda acumulada do PIB per capita maior que 9%. A boa notícia, segundo ela, é que o país está virando essa página. “Claro que esperamos que as reformas estruturais sejam aprovadas e que a gente consiga fazer um upgrade de voo de galinha para voo de pato”. Além dela, participaram da apresentação a empresários e políticos, o consultor político Alexandre Marinis, o economista Guilherme Loureiro e o estrategista Ronaldo Patah.
Nova ruptura
Os investidores estrangeiros aguardam um cenário mais confiável no país para voltar a investir e para isto, Alexandre Marinis reforça a necessidade da aprovação da Reforma da Previdência. Para ele, se o Congresso Nacional não aprovar a matéria, corre-se o risco de acontecer uma nova ruptura institucional no país. Pelas suas contas, o presidente Michel Temer tem condições de aprovar a reforma, mas terá como desafio reunir 308 votos dentro da sua base, formada por 412 deputados. O economista Guilherme Loureiro, acredita que a reforma vai tentar trazer previsibilidade para o ambiente de negócios e estabilidade econômica. Por enquanto, o que se vê é um otimismo grande dos investidores locais, mas os estrangeiros ainda não estão confiantes. O estrategista Ronaldo Patah acrescenta que é fundamental que se mantenha a atual política, que está funcionando em termos econômicos, o que aumenta a chance de investimentos, mesmo entendendo que boa parte dos investidores vai aguardar até a próxima eleição para investir no país.