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Reforma trabalhista na pauta. Temer espera decisão de Pacheco

Paulo César de Oliveira
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A semana começa com promessas de muitas emoções e movimentação política. De interesse direto do cidadão a votação, prometida para quarta-feira, da proposta de reforma trabalhista que economistas e empresários colocam como essencial para retomada do crescimento econômico e, em especial, do emprego. O que se espera é que, desta vez, os senadores tenham mais responsabilidade com seus mandatos, que apareçam em plenário, que não fujam de suas responsabilidades - votando sim ou não - e que não votem, como na Comissão de Assuntos Sociais, onde um senador sergipano, se posicionou contrário ao relatório pela à reforma sua esposa, funcionária do Ministério Público do Trabalho, não poderia ser contrariada. Amanhã vamos ter uma noção do que será a votação em plenário na quarta. Senadores terão que decidir se a reforma terá ritmo de urgência, como quer o governo, para que tudo seja decidido antes do recesso, ou se vai na lenga-lenga do ritmo normal. Se passar a urgência é certo que passa a reforma. Aí precisamos saber que reforma será aprovada. Do texto original muita coisa mudou para comprar apoios. Agora, há quem, no governo, admita manter a contribuição sindical obrigatória - um dia de salário anualmente - dinheiro que os sindicatos e as centrais sindicais gastam livremente, sem dar satisfação ao trabalhador, geralmente para fazer proselitismo partidário. O governo aceita curvar-se diante do sindicalismo partidário em troca das outras medidas, numa demonstração de que a extinção do imposto pouco importa ao governo, embora incomode muito aos sindicatos. Temer tem outro motivo de tensão na semana. Amanhã o deputado Rodrigo Pacheco escolhe quem será o relator, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, do pedido de autorização feito pela Procuradoria-Geral da República para processar o presidente por crime de corrupção passiva. Pacheco promete ser independente na escolha o que, no entendimento do Planalto, significa que escolherá alguém para dar parecer favorável ao pedido. Temer quer alguém nem tão independente, que seja contra a autorização. É meio caminho andado para a rejeição. Enquanto isto, o país fica parado. E 14 milhões de brasileiros sem emprego.

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