Ao reassumir a presidência do Brasil pela terceira vez, o presidente Lula(foto/reprodução internet) encontrou um panorama global muito mais complexo do que o de 2003, quando iniciou seu primeiro mandato. No início dos anos 2000, a economia mundial prosperava, impulsionada pela China, e o Brasil experimentava um crescimento significativo, consolidando sua posição no cenário global ao ingressar no BRICS. Hoje, o cenário é outro.
Em busca de protagonismo internacional, Lula tentou se posicionar como mediador em conflitos globais e defensor de causas universais, como a reforma da governança global e o combate às mudanças climáticas, e conquistar o Nobel da Paz. No entanto, declarações controversas e sua acintosa falta de neutralidade na tentativa de se mostrar equidistante no conflito Rússia-Ucrânia e a sua enviesada retórica sobre Israel e Palestina, arruinaram sua credibilidade como pacificador. A sua postura em relação ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela também alimenta críticas ao seu compromisso com a democracia. O atual contexto global, marcado por uma ascensão de lideranças conservadoras, como Donald Trump nos EUA, coloca obstáculos adicionais à agenda de Lula.
