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Riscos ambientais impedem licenciamento de mineradora

Paulo César de Oliveira
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) rejeitou o projeto Vale do Rio Pardo, da mineradora Sulamericana de Metais (SAM), em Minas Gerais, que teria o maior reservatório de rejeitos do Brasil, por inviabilidade ambiental, informou o órgão. A negativa acontece meses após o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em Mariana, também em Minas Gerais, que causou o maior desastre ambiental da história do Brasil, deixando pelo menos 18 mortos, um desaparecido e centenas de desabrigados. O colapso da Samarco, uma joint venture das gigantes da mineração Vale e BHP Billiton, também poluiu o importante Rio Doce, que percorre diversas cidades até o mar capixaba. O projeto da SAM previa três reservatórios totalizando 2,4 bilhões de m³ de capacidade, sendo que apenas um deles poderia receber até 1,3 bilhão de m³ de rejeitos. Atualmente, o maior reservatório do país é a Barragem do Eustáquio, da Rio Paracatu Mineração, com capacidade de 750 milhões de m³, em Minas Gerais, seguida pela Santarém, da Samarco, com 672 milhões de m³, também em território mineiro. Além do reservatório gigante, o complexo minerário da SAM, nos municípios de Padre Carvalho e Grão Mogol, teria um mineroduto até Ilhéus, na Bahia, e uma estação de desaguamento em território baiano, segundo o Ibama. O parecer técnico que embasou a decisão do Ibama diz que “os impactos negativos e riscos ambientais aos quais podem estar expostas as comunidades vizinhas e o meio ambiente não permitem que se ateste a viabilidade ambiental do projeto”. Segundo o Ibama, a mineradora já foi informada sobre a conclusão da equipe técnica.

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