O queijo artesanal mineiro será o destaque no Festival de Gastronomia Mineira, nos dias 10 e 11 de junho, e também no dia 25, no Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté. A iniciativa, realizada pela Arquidiocese de Belo Horizonte, tem o objetivo de apresentar ao público uma riqueza gastronômica que se perdeu no tempo: os queijos artesanais curados à base de fungos de caverna, uma técnica utilizada por Frei Rosário no século passado. O público poderá conhecer, gratuitamente, o produto produzido em cinco regiões queijeiras do estado – Canastra, Salitre, Serro, Araxá e Cerrado. O evento tem a participação do Senac, que conduz os estudos de harmonização e uso desses produtos na gastronomia. A especialista em Pesquisas Gastronômicas do Senac, Vani Pedrosa (foto), explica que o método de maturação do queijo foi recuperado por meio do projeto Primórdios da Cozinha Mineira, que tem a proposta de resgatar costumes alimentares centenários da região entre os santuários do Caraça e da Serra da Piedade. O sistema de produção, segundo ela, é o mesmo em todas as regiões participantes, mas cada uma agrega o seu terroir ao produto. “O que vamos revelar nesse fim de semana é resultado de um trabalho de vários anos e envolve a pesquisa da famosa técnica de Frei Rosário. Esses queijos serão apresentados publicamente e analisados por especialistas do Senac e outros convidados”, explica. Até o dia 25de junho haverá degustação das diversas combinações desse produto com outros alimentos. “Faremos a harmonização com doces, mel regional e cafés”, conta Vani. O evento é gratuito e acontecerá no Espaço Dom João Resende Costa (Alto da Serra da Piedade, s/n, Zona Rural de Caeté), com a participação de especialistas em gastronomia, chefs, acadêmicos, críticos e comerciantes. Mais informações pelo telefone: (31) 3651-6335. Com o objetivo de preservar os hábitos, técnicas e produtos alimentares dos primeiros habitantes de Minas Gerais, o Senac, por meio de atividade de extensão com os alunos do curso de graduação tecnológica em Gastronomia, participa da pesquisa em desenvolvimento pelo Santuário do Caraça: Primórdios da Cozinha Mineira. A pesquisa é realizada no território onde aconteceu o primeiro rush aurífero – o ouro de aluvião, cujo recorte territorial é o “Entre as Serras da Piedade ao Caraça”. O estudo abrange nove pilares, que são queijaria, horta histórica; pomar histórico; farinhas antigas, pães e quitandas; receitas tradicionais; doçaria; bebidas alcoólicas, cafés e chás; carnes e outros derivados de animais; ambiente, utensílios e técnicas.